
Escreveu a carta de despedida na qual listou os grandes amigos, falou de familiares e das coisas que mais gostava. Fez o que mais a divertia e usou o perfume que lhe agradava. Estava feliz, leve e pronta. Vestiu uma calça confortável, soltou os cabelos e passou uma leve maquiagem. Meditou e encontrou a introspecção. Sussurrou ao vento a música que seu pai cantava quando ia dormir.
Pulsos, pescoço, coração e altura. Gilette, prédio e corda. Faltava apenas a flor.
Pela janela avistou galhos que refletiam as cores pastéis da estação: era outono. Respirando fundo, discou à floricultura:
- Olá, gostaria que vocês me entregassem uma rosa. Uma Rosa Negra.
- Senhora, só temos Rosas Vermelhas e Amarelas.
- Sabe me dizer onde eu posso encontrar uma dessas?
- Senhora, esse tipo de Rosa não existe.
- Ok. Obrigado então.
Com o insucesso, ela desistiu de morrer.
E foi pra aula.
5 comentários:
Flores são indispensáveis. Sempre.
FODASTICO!!! CONCORDO COM JULIET!!!
Elaaaaa desatinouuuuuu...
Hehehe muito bom!
É, mulher é cheia de caprichos e vontades até pra se matar. Se não for do nosso jeito, não rola! =P
Ótimo texto!
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